Arquivo | Novembro, 2009

Época do aconchego

26 Nov

Já fui buscar as luvas ao fundo da gaveta, já se sente um arrepio de frio ao por o pé fora da cama de manhã, já sabe bem um cházinho quente antes de adormecer ou um cappucino com canela aos sábados à tarde… as ruas e as lojas já estão enfeitadas, e já comprámos a nossa primeira àrvore de Natal lá para casa. No escritório tocam-se músicas de Natal, desde as mais clássicas e tranquilas às mais divertidas e animadas. Já comecei a fazer as minhas listas de presentes que, na grande parte das vezes, não dão em nada porque o impulso criado pelas publicidades eficazes ou simplesmente demasido repetitivas que nos entram no subconsciente, acabam por vencer qualquer lista. Tardes atarefadas de compras pelas ruas do Chiado e pelos centros comerciais caóticos de gente por todo o lado, horas dedicadas a decorar a árvore e a colocar enfeites por pontos estratégicos ao longo da casa. A noite da consoada, a vibração dos presentes desvendados, a manhã de dia 25 com pequeno-almoço doce das muitas filhós que ficaram da noite anterior, o almoço em família com mais presentes e desfile dos presentes ganhos na noite de véspera, a preparação para o fim-de-ano e o início da lista dos sonhos que não vamos querer deixar de fora nas 12 New Year Resolutions… Outro Inverno, outro Natal, outro ano a terminar e mais um ano de esperança pela frente. Enquanto a rebaldaria das festas e das compras não começa (e durante os intervalos desse fresesim adorável), vamos desfrutando do aconhego do sofá com uma mantinha peluda por cima dos pés entrelaçados e abraços bem apertados, muito suspiro de tranquilidade e sonhos de planos cruzados para este e para os próximos natais que se adivinham pela frente. Sabe bem este tempo frio, sabe bem o calor das emoções, dos sonhos que nos invadem a mente, da magia que se sente no ar, sabe bem o calor do aconchego do corpo e da alma.